Quando de nossa primeira viagem a trabalho (com Porthus, Rosinha, Aika e Pipoca), apesar da falta da possibilidade de planejamento acerca da hospedagem (cujas razões serão, posteriormente, elencadas...), tomamos certas medidas que fizeram toda a diferença, as quais gostaríamos, por ora, de dividir:
Nosso percurso era de Mairiporã-SP para Recife-PE, mais de 2.600Km, sendo que não era possível mensurar o tempo que levaríamos até chegar ao destino, quantas horas percorreríamos por dia, as condições exatas das estradas, etc.
Por isso, importante organizar o carro da melhor forma, no dia anterior à viagem, assim como pensar em todos (ou quase todos) os itens que podem fazer a diferença:
Horário: Procure sair o mais cedo possível devido ao sol e jamais alimente seu animal antes de partir (o faça com muitas horas de antecedência ou na noite anterior).
Ar condicionado: a temperatura interna do carro deve estar bem elevada. Cães e gatos sentem muito calor. E, no caso em comento, estamos falando de dois mastiffs ingleses.
Para vocês terem uma idéia, a temperatura do carro era tão baixa que usávamos casacos, luvas e cachecóis para suportar (itens indispensáveis para as pessoas que pensam em viajar com seus animais).
Quando chegamos em um posto de gasolina no Estado da Bahia, as pessoas nos olhavam, pensando que éramos loucas, pois o clima e a sensação térmica por lá eram tórridas.
Potes para comida e seus suportes: procure sempre levá-los quando das viagens. São itens que fazem do destino um local menos desconhecido e com certa familiaridade para eles. Além disso, importante tentar manter, ao máximo, a rotina do cão.
No nosso caso, tendo em vista que o espaço interno era pequeno (viajamos em uma Kangoo cargo), e, visando a maior confortabilidade dos animais, dispomos estes equipamentos no bagageiro, em cima do carro.
Rações: De acordo com o que falamos acima, não tínhamos como estipular o numero de dias de viagem, se teríamos onde comprar as rações que eles comem, se encontraríamos imediatamente quando chegássemos no destino, etc.
Portanto, separamos diversos sacos plásticos já com a quantidade correspondente a cada refeição. Por exemplo: para o cão x, por dia, dois sacos, correspondendo às duas refeições diárias.
Diante da falta de espaço, como dito, colocamos os kits na parte inferior do local onde estavam os cães (nosso carro tem um compartimento atrás dos bancos, imediatamente abaixo) o qual foi ideal, conservando as refeições em uma boa temperatura.
Ressalte-se, ainda, a importância nas condições de higiene da comida: os kits permitiram que um saco grande de ração não fosse, desordenadamente, transportando e que restasse sujeito a contaminações.
Guias: Todo o transporte de animais deve ser feito com coleiras e guias. Estas, podem servir para prendê-los, quando das paradas com os animais, organizando-os, da melhor forma, para descer.
Quanto à quantidade de paradas, acreditamos que não haja regras, o que vai de acordo com as condições do animal, necessidades, etc, sendo prezando pelo o seu bem estar.
Caixa de transporte para Gatos: deve ser o mais confortável possível e ideal para o tamanho do seu animal.
Água: Leve consigo, sempre, garrafas com água, pois, quando das paradas, pode acontecer de não haver onde comprar, ou a impossibilidade de fazê-lo, devido à administração dos animais para as descidas.
Colchões: Torne a viagem o mais confortável e menos estressante para seus pets. Um dica que dá super certo é utilizar colchões e dar o acabamento com “paninhos” deles (o que também “transporta” a intimidade do lar).
Uma coisa que providenciamos há pouco tempo para ter em casa e que vem dando certo é comprar aqueles “borrachões” usados em academia, pois são fáceis de limpar, higiênicos, amortecem impactos, além de frescos para o verão.
Toalhas: Mantenham sempre toalhas por perto, pois são de grande valia em caso de náuseas, sujeira, baba, etc.
Bagagens: tentem acomodar as suas bagagens na parte superior do carro, caso tenham mais de um animal a transportar, ou da melhor forma, no local mais apropriado e que não perturbe.
Ganchos: Providencie diversos ganchos para levar. Farão a diferença caso precisem amarrá-los, como falamos anteriormente. Prenda-os na guia e em local seguro no carro. Podem ser utilizados, também, para mantê-los mais perto quando das descidas do carro, para que não se distanciem. Lembre-se: o ideal é ter, sempre, o total comando do animal quando das paradas.
Areia do Gato e local para fazer as necessidades fisiológicas: Leve sempre esses itens em local de fácil manipulação, pois, quando pararem, retirem o gato da caixa de transporte e deixe-o livre no carro para fazer as necessidades, se for o caso. O pote da água também deve ser disponibilizado quando das paradas (comida nem pensar, ao menos no nosso caso, pois nossa gata sempre tem enjôos quando sai de casa).
Local para parar: Sempre eleja o melhor local para parar e descer com os animais.
Precisamos desabafar que, para a gente, foi uma tarefa extremamente árdua, pois, além de não conhecer os locais por onde passávamos, éramos duas mulheres com cães grandes.
Escolha sempre locais com sombra, reservados, mas que tenham segurança, precipuamente.
Tempo de viagem: Procurem viajar sempre durante o dia, e o tempo necessário para a segurança de todos.
Tivemos uma experiência terrível que será contada em oportunidade próxima (viajamos vinte e quatro horas sem parar). Jamais façam qualquer coisa parecida.
Descansem bastante antes de pegar a estrada e estejam bem alimentados (pois nunca sabemos quando e onde será a próxima refeição caso não conheçam o destino). Leve para vocês água, frutas e coisas leves.
Separador/Grades de Segurança: Providenciamos um separador, acessório que instalamos entre motorista/passageiro dos animais (suporte que é vendido em lojas, altamente praticado no exterior), o qual foi super útil e seguro, dando-nos, ainda, mobilidade para controlá-los.
Destaquem-se as orientações e exigências do nosso Código de Trânsito para o transporte de animais. Oportuno, aqui, lembrar do conteúdo do art. 252, II, que reza sobre a proibição do transporte de animais à esquerda do motorista ou entre os seus braços e pernas, constituindo-se em falta média e é aplicável multa. Lembre-se que o animal não deve ter contato com o motorista, há de estar utilizando cinto de segurança apropriado, e que isso é condição de segurança para todos.
Guias, Mapas e GPS: Constatamos em nossa viagem que não bastaria levar apenas o GPS. Mapas e Guias foram fundamentais quando da ausência de satélite, mau tempo, etc.
Espaço para os Animais: No nosso caso, preparamos os colchões e panos, da forma mais confortável. Como levamos diversos panos (dado o longo período que ficaríamos fora e por estarmos viajando com três cães), os colocamos em cima dos colchões e abaixo destes, dobrados, para não fazer volume. Os colchões ideais para o nosso carro, ao menos, foram aqueles de berço de bebê, pois têm um tamanho ótimo.
Importante organizar “a equipe” da melhor forma para que se evitem animosidades.
Documentação: Sempre procure orientações atualizadas junto ao seu veterinário de confiança ou no posto de atendimento do Ministério da Agricultura que atende o seu município.
Desde julho de 2006, a Guia de Transporte Animal (GTA) não é mais exigida para viagens no território nacional com cães e gatos (Instrução Normativa nº 39 de 24/11/2006 revoga Portaria nº 22 de 13/01/1995)
Mas imprescindíveis portar os documentos: carteira de vacinação com todas as vacinas em dia, pedigree, se houver, atestado sanitário emitido por um médico veterinário, com registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária, comprovando a saúde dos animais.
Esperamos poder ter auxiliado, de alguma forma, para a segurança da sua viagem com seu animalzinho.
Estaremos postando novas orientações e escrevam para a gente em caso de dúvidas e para trocarmos algumas idéias.
Boa viagem!
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